sábado, janeiro 25, 2014

Boletim Soja - 24-01-2014

Boletim:
Expectativa de chuva forte sobre as Regiões Sul e Centro-Oeste, Tocantins, Maranhão, Piauí e extremo oeste da Bahia pela presença de uma frente fria (Região Sul) e áreas de instabilidade. O acumulado até 28 de janeiro varia entre 30mm e 70mm na maior parte das áreas atingidas pelas precipitações. Por outro lado, o Sudeste passará a viver um período ainda mais seco e quente que o período atual.
Análise Agrícola:
As perdas nos potenciais produtivos das lavouras de soja vêm ocorrendo em todas as principais regiões produtoras do Brasil, por causa da grande variabilidade no regime de chuvas, causado pela neutralidade climática. Assim, várias regiões produtoras já apresentam perdas em seus índices de produção, porém esses valores até o momento não ultrapassam os 10%. Mas de certa forma, as condições das lavouras são muito boas, onde mesmo algumas localidades apresentando perdas superiores aos 10%, a média na redução da produção estadual não chega aos 5%. Mas é fato que devido a essa ausência de chuvas generalizadas e, sobretudo, em bons volumes estão mantendo os solos com níveis abaixo dos 70% de umidade, causando déficit hídrico em diversas lavouras de soja, desde o Rio Grande do Sul até o Piauí e Maranhão.
Mas por outro lado esse clima um pouco mais seco tem favorecido o andamento da colheita, que já vem ocorrendo em várias regiões do Brasil, principalmente no Centro-oeste e Paraná. Assim, o Mato Grosso já está com 5% de suas áreas colhidas, enquanto em Goiás esse percentual está em 1%, no Mato Grosso do Sul chega aos 2% e no Paraná é de 3%. Todos esses valores são superiores aos registrados no mesmo período do ano passado. Essa irregularidade no regime das chuvas tem colaborado para reduzir a pressão dos focos de ferrugem, sendo que a doença ainda não atingiu valores críticos esse ano, ao ponto de também colaborar para a redução no potencial produtivo das lavouras. Mas mesmo com essas perdas já contabilizadas nas lavouras de soja, a produção nacional irá ser bem maior do que a do ano passado, com valores variando na casa dos 89 milhões de toneladas.
O grande problema para a produção de soja nacional é que o regime de chuvas ainda continuará seguindo esse padrão de irregularidade, ou seja, horas essas chuvas estarão sobre uma determinada região e em outro momento em outra, causando assim, estresse hídrico e térmico, podendo, dependendo da fase fenológica da planta causar menor ou maior dano. Mas perdas irão ocorrer em todas as regiões produtoras do Brasil ao longo dessa safra. Mas num valor bem menor do que as registradas na safra passada, como no caso dos Estados produtores do Nordeste. Já que não estão sendo previstas uma total ausência de chuvas e nem tão pouco, grandes períodos de invernada, que poderão tanto causar perdas elevadas por déficit quanto por excedente hídrico.
Um exemplo é a previsão para essa semana, onde as chuvas ficarão mais concentradas sobre a faixa centro-norte do Brasil, sendo que os maiores volumes de chuvas irão ser registrados nas regiões noroeste e norte do Mato Grosso, sul do Pará e Tocantins. Nas demais localidades do Centro-oeste e norte do Sudeste e Nordeste a previsão para essa semana é de pancadas de chuvas. Já sobre toda a região Sul, em São Paulo e sul do Mato Grosso do Sul esse inicio de semana será de ausência de chuvas e temperaturas acima da média. Com isso, produtores da região de Sapezal e do Parecis, no Mato Grosso terão dificuldades em realizar a colheita, já no Sul e em partes do Sudeste e Centro-oeste, a ausência de chuvas poderá agravar as perdas de produtividade. Sendo que essa irregularidade das chuvas se manterá ao longo de toda a safra da oleaginosa.

Fonte: Agrosomar - Canal Rural

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