terça-feira, fevereiro 07, 2012

Grupo de soja do país vira referência ambiental



Grandes fundos de investimento pressionam para que empresas se enquadrem em critérios ambientais. Um grupo formado por alguns dos maiores fundos de investimento do mundo reconheceu o trabalho socioambiental do Grupo André Maggi, maior produtor individual de soja do planeta e antigo alvo do Greenpeace.

O reconhecimento ocorre em um contexto de pressão dos fundos de investimento sobre empresas globais para que reduzam ao máximo sua "pegada florestal", sob pena de perda de investimentos.

Antes de decidirem onde aplicar, esses fundos agora querem saber o grau de exposição das grandes companhias a cinco tipos de commodities: soja, óleo de palma, madeira, artigos derivados da pecuária e biocombustíveis -tanto na produção como na cadeia de suprimentos.

Setenta dos maiores fundos de investimento, que administram juntos US$ 7 trilhões, contam com um "guia" que monitora os maiores grupos globais, conhecido como Forest Footprint Disclosure (FFD) e usado como referência por instituições do porte do Barclays Capital.

No ano passado, a Lingui Developments, da Malásia, por exemplo, foi cortada da carteira de investimentos do fundo de pensão dos funcionários do governo da Noruega. Motivo: não se enquadrava aos critérios socioambientais definidos pelo fundo.

A Folha teve acesso exclusivo à terceira edição do relatório, que será divulgado mundialmente hoje.

BRASIL EM DESTAQUE:

Das 357 empresas que receberam a solicitação do FFD para revelar suas práticas em relação às florestas, somente 87 aceitaram. No Brasil, entre as 18 convidadas, somente 5 foram analisadas.

Pela primeira vez, uma companhia brasileira chegou à liderança em seu setor: o Grupo André Maggi. Em 2006, a empresa foi alvo de uma campanha do Greenpeace, que a acusou de estimular o desmatamento na Amazônia à medida que aumentava sua produção para garantir as vendas aos países da Europa.

Desde então, investiu em obter uma certificação internacional para a produção. Em junho de 2011, fechou o primeiro contrato, embarcando 85 mil toneladas de GRÃOS certificados para a Holanda.

"Esse certificado é a confirmação de nosso compromisso com uma produção responsável", disse Waldemir Ival Loto, presidente do Grupo André Maggi.

Segundo ele, o primeiro passo foi dado em 2007, com uma fazenda.

O "grau de investimento" dos fundos não significa que a empresa seja totalmente "verde". Garante apenas que ela está empenhada e aberta a monitoramentos externos.

"Esse relatório é diferente de muitas iniciativas que representam mera maquiagem verde", diz Roberto Smeraldi, diretor de Amigos da Terra-Amazônia Brasileira, integrante desse projeto. "Ele não divulga boas ações ao público, e sim informação operacional, padronizada e comparável para os investidores".

Apesar de ainda não estarem na liderança mundial em seus setores, Natura, Marfrig, JBS e Fibria tiveram destaque. Recusaram-se a responder: Cikel, Irani, Brazil Foods, Arantes Alimentos, Caramuru, Coamo, Frigorífico Mercosul, Imcopa, Independência, Margen, Minerva e Petrobras.


Fonte: Folha de São Paulo

Boletim Diário Agropan - 07/02/2012


Boletim Diário - Soja
Bolsa Mercantil de Chicago (CME/CBOT)
As cotações dos contratos futuros de soja negociados na Bolsa de Chicago registraram leve alta na sessão desta segunda-feira, acompanhando os fundamentos do setor. Os preços da oleaginosa foram influenciados pela firme liquidez no mercado físico norte-americano, pelas expectativas de maior importação chinesa da soja dos Estados Unidos e pelas expectativas de produção menor que o esperado no Brasil. No entanto, a firmeza do dólar frente às principais moedas internacionais limitou a alta do grão. O contrato com vencimento maio/12 fechou a US$ 12,42/bushel, registrando leve alta de 1¼ centavos de dólar em relação ao fechamento de sexta feira.
Dólar (US$)
O dólar comercial fechou em alta nesta segunda-feira (6), após cair por quatro dias seguidos, com a realização de um leilão de compra de dólares no mercado à vista pelo Banco Central, movimento que não fazia há cerca de cinco meses. Foi o segundo dia seguido em que o BC interveio para segurar a cotação da moeda norte americana. A desvalorização apresentada no começo da sessão acompanhava a tendência do mercado internacional, onde o dólar também registrava queda graças ao crescimento do apetite por risco, apesar da intensificação das preocupações com a ameaça de um calote da Grécia. A divisa norte-americana fechou o dia cotado a R$ 1,727, registrando alta de 0,59% frente ao real em relação ao fechamento da sexta-feira.
Mercado Interno
As cotações da soja no segmento internacional continuaram a galgar variações positivas, mas no decorrer da sessão desta segunda-feira, embora o dólar tenha registrado alta, a fragilidade cambial neutralizou a possibilidade de altas mais significativas nos preços do grão. Como característico de começo de semana, as comercializações evoluem de forma lenta, uma vez que produtores dão preferência no cumprimento dos contratos fixados anteriormente. Na região Centro-Oeste do país, onde a colheita tem ganhado ritmo, houve acordos isolados a R$ 43,00/saca em Dourados, Mato Grosso do Sul, e a R$ 43,50/saca na região de Cristalina, Goiás. Em Mato Grosso, dia calmo com preços apenas nominais. Na região Norte e Nordeste do país, os poucos negócios com lotes remanescentes foram negociados a R$ 42,00/saca no Oeste Baiano e a R$ 41,00/saca em Balsas e Uruçuí. Na região Sudeste, há baixa liquidez de negócios, com acordos esparsos a R$ 45,00/saca no Triângulo Mineiro para lotes disponíveis e a R$ 46,00/saca na Sorocabana, interior paulista. Na região Sul, a intensa queda de braço entre ambas as pontas do mercado vem atrapalhando evolução das vendas da oleaginosa. No porto de Paranaguá, no melhor momento do dia, a soja foi cotada a R$ 48,00/saca, em ambiente calmo. No mercado gaúcho, o mercado se caracterizou comprador em função do apetite de alguns exportadores, com negócios com lotes da safra velha negociados entre R$ 50,50/saca e R$ 51,00/saca no porto de Rio Grande. Preço Agropan: R$ 43,50 que equivale a US$ 25,18, ao saco de 60 quilos. Trigo: Somente para pagamento de contas existentes na cooperativa, tipo pão 1, 2 e 3 conforme tabela de preços.
Comentários
A receita obtida pelo complexo soja na primeira semana de fevereiro apresentou o maior desempenho para um começo de ano, um forte sinal da continuidade dos bons volumes do grão a ser embarcado. A receita cambial do período analisado alcançou a média diária de US$64,81 milhões, valor que correspondeu a uma elevação de 49,2% sobre a média diária contabilizada no mês de janeiro/12. Por sua vez, a média diária da primeira semana do mês (correspondentes aos primeiros 03 dias de um total de 20 dias úteis) registrou valor 150,7% superior à média diária de fevereiro passado de 2011. Independente de quais sejam os resultados dos outros 17 dias de exportação do mês, a expectativa é que os valores tendam a recuar ao patamar verificado nestes primeiros dias, porém deverão manter níveis superiores a igual período do ano passado. Até a última sexta-feira (03), a programação de line-up apontou para um volume a ser embarcado superior a 1,5 milhão de toneladas de soja grão. No mês de fevereiro de 2011, foram exportadas 225 mil toneladas do grão. A programação de embarques de farelo de soja soma aproximadamente 700 mil toneladas.
As opiniões contidas neste relatório são pessoais  e não representam em hipótese alguma recomendação para compra e/ou venda de contratos nos mercados futuros e/ou físico.

Fonte: Agropan


Alguns Preços RS - 07/02/2012

Camera S/A(Ijuí): R$ 42,00
Marasca Cereais: R$ 43,50
Cotrijui (Ijuí): R$ 42,00
Cotrijal ( Não-Me-Toque): R$ 42,80
Agropan (Tupancirettã): R$ 43,50


Fontes: Site das cooperativas e empresas.




Tecnologia argentina muda a safra no Brasil

Uma soja importada da Argentina há quatro anos está provocando transformações drásticas em campos brasileiros. Conhecida no meio rural como a soja de crescimento indeterminado, a tecnologia parece ter chegado para ficar no Brasil. Mais de dois terços da área do país estariam plantadas com essa variedade, conforme especialistas, e a tendência é que conquiste 100% do terreno nos próximos anos. A preferência pela semente se deve ao potencial de recuperação das plantas mesmo depois de um período de seca.

"Tivemos 52 dias sem chuva aqui, que pegaram a fase de reprodução. Teoricamente os produtores não deveriam colher nada, mas no fim acredito que a média da região vai fechar em mais de 20 sacas por hectare", relata impressionado Enoir Cristiano Pellizzaro, supervisor de campo experimental da C.Vale em Palotina (Oeste). O técnico, que monitora diariamente as lavouras da região, revela que no ano passado a produtividade média dos produtores locais foi de 65 sacas por hectare. Na avaliação dele, 95% da área do município foi plantada com a soja de crescimento indeterminado , contra 5% em 2002/03.

Mas, não é só o Paraná que tem apostado na soja de crescimento indeterminado. No Centro-Oeste do país, os agricultores também se mostram inclinados ao cultivo da nova tecnologia. As vagens pequenas que crescem no topo das plantas podem fazer a diferença nas lavouras de José Sebastião Fernan­­des, de Itaquaraí, Mato Grosso do Sul. "A chuva chegou aos 45 minutos do segundo tempo no plantio e, com o investimento que fizemos, podemos colher 55 sacas por hectare", estima. Ano passado Fernan­­des alcançou produtividade de 62 sacas por hectare.

O diferencial decisivo da soja indeterminada, no entanto, é que em geral têm ciclo precoce e po­­dem ser colhidas em 110 dias - duas semanas antes da soja de crescimento determinado -, facilitando o plantio do milho de inverno. A expansão dessa tecnologia mais recente deve-se ainda ao formato das plantas, que se assemelham a um pinheiro - estreitas na parte superior e mais largas na inferior. Desta forma, a penetração dos defensivos se torna mais eficiente, atingido do topo ao pé da soja. A difusão coincidiu com o aumento das aplicações de fungicida no combate à ferrugem asiática, que surgiu no país no início da década passada e foi a principal doença das lavouras na última década.

Manobra "obrigatória" - Diante do novo perfil da safra brasileira, as instituições de pesquisa estão se vendo obrigadas a rever seus estudos e planos. "A preferência dos agricultores mudou abruptamente e nós perdemos mercado na mesma proporção", afirma Ivo Carraro, presidente executivo da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec). Ao ver sua participação no mercado brasileiro de sementes cair a 5%, a Coodetec decidiu mudar todo o seu banco genético e busca agora reverter o quadro ampliando o portifólio. Para a próxima safra, a Cooperativa pretende lançar pelo menos quatro novas variedades de soja. "Se continuarmos onde estamos não tem como mantermos a pesquisa viável. A nossa meta é crescer entre 1% e 2% ao ano a partir de agora", revela Carraro.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) também está numa encruzilhada. Só com uma participação de 20% do mercado tem como sustentar suas parcerias com a iniciativa privada, explica o dirigente Alexandre Cattelan. "Nem sempre tudo que é bom se vende", lamenta. A empresa vem se engajando em programas que estimulam a adoção de tecnologias deixadas de lado, incluindo as de soja convencional, de crescimento determinado. "O problema é fazer com que essas tecnologias cheguem lá [ao campo]", assume Alexandre Cattelan.

Fonte: Gazeta do Povo

Previsão de safra de soja do Brasil cai a 72 mi t


SÃO PAULO, 6 Fev (Reuters) - A estimativa de safra de soja 2011/12 do Brasil foi reduzida nesta segunda-feira para 72 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da consultoria Céleres, que pelo segundo mês consecutivo reduziu sua projeção para a colheita do segundo produtor global.



Colheita de soja avança para 6% da área com tempo seco


A colheita de soja do Brasil avançou ao final da semana passada para 6 por cento da área total plantada na temporada 2011/12, com um tempo mais seco favorecendo os trabalhos, informou a consultoria AgRural nessa segunda-feira (06).
Os trabalhos avançaram três pontos percentuais na comparação com a sexta-feira da semana anterior, estão adiantados na comparação com o mesmo período do ano passado (3 por cento da área) e ligeiramente à frente da média dos últimos cinco anos (5 por cento da área).
"Em Mato Grosso (maior produtor nacional), a trégua do tempo chuvoso finalmente permitiu que os produtores dessem mais ritmo aos trabalhos, que atingiram 12 por cento da área, com evolução semanal de cinco pontos. O índice também supera os 8 por cento de 2011, quando o plantio atrasado postergou a colheita, mas é inferior aos 13 por cento da média de cinco anos", notou a consultoria.
No Paraná, segundo maior Estado produtor de soja do Brasil, as máquinas avançaram nos trabalhos com o tempo mais seco, e a colheita está seis pontos percentuais adiantada em relação à semana passada. Os paranaenses já colheram 8 por cento da área com soja, contra 3 por cento da média dos últimos cinco anos.
Se o tempo seco favorece a colheita, é ruim para as lavouras que ainda estão enchendo grãos, especialmente no Sul do Brasil, notou a consultoria, lembrando que a região meridional brasileira já registrou perdas pela estiagem.
"Além da diminuição drástica das chuvas, o Sul do país registrou altas temperaturas nesta semana, o que aumenta ainda mais a preocupação dos produtores que ainda têm soja em fases reprodutivas. Em Cascavel (PR), que teve quebra na safra de soja devido à seca de dezembro, o tempo seco facilita a colheita, mas já dificulta o plantio da safrinha de milho", disse a AgRural em relatório.
A consultoria estimou em meados de janeiro a safra de soja do Brasil, segundo produtor mundial, em 70,2 milhões de toneladas, queda de 3 milhões de toneladas na comparação com a previsão feita antes das perdas pela seca.
Segundo a Somar Meteorologia, a semana começa com tempo mais aberto sobre o Sudeste e Centro-Oeste, onde domina uma massa de ar quente e seco, o que continuar favorecendo a colheita.
Ao longo da semana, as frentes frias voltam a avançar sobre o Brasil, trazendo chuvas para o norte da região Sul, para o Sudeste e também para o Centro-Oeste, amenizando o calor.

Fonte: Reuters

Começa colheita da soja precoce na região de Pedro Afonso


A colheita das lavouras mais precoces de soja já começou na região de Pedro Afonso. Nessa segunda-feira, 6 de fevereiro, começaram a chegar ao armazém da Coapa, os primeiros caminhões carregados com a oleaginosa.

Na Fazenda Brejinho, da família do agricultor João Damasceno de Sá Filho, foi plantada uma área de 1.130 hectares em outubro do ano passado. A colheita está prevista para terminar no começo de abril, em uma área semeada recentemente. Os grão são enviados para o armazém da Coapa após passarem por uma pré-limpeza na própria propriedade.
Moacir Catabriga plantou uma área de 550 hectares e deve colher no início do próximo mês de março. “A boa distribuição das chuvas e pouco ocorrência de pragas vai garantir uma boa produtividade”, disse com otimismo o sojicultor.
Na safra 2011/2012, 44 agricultores associados a Coapa plantaram uma área de 20.321 hectares de soja em Pedro Afonso, Bom Jesus do Tocantins, Tupirama, Centenário, Itacajá, Miracema e Rio dos Bois. Foram plantadas 13 variedades do grão, sendo quatro do tipo precoce, seis do ciclo médio e três do tipo tardia. O plantio começou na segunda Foram gerados cerca de 280 empregos diretos.
A gerente da Unidade Agroveterinária da Coapa, Érica Lima Brito, explicou que graças a tecnologia utilizada e as condições climáticas ideais a meta é atingir uma produção de 55 sacas de soja por hectare, quatro a mais do que na última safra. Conforme a engenheira agrônoma, a equipe técnica realizou 65 visitas de acompanhamento em fazendas produtoras de soja nos municípios de Pedro Afonso, Bom Jesus do Tocantins, Tupirama, Santa Maria do Tocantins e Itacajá. Os sojicultores receberam orientações sobre manejo correto da lavoura, tratos culturais (aplicação de fungicidas, herbicidas e adubos foliares), identificação de possíveis pragas e doenças, entre outras dicas importantes.
Manutenção
No armazém da Coapa, considerado o maior do Estado, foi feita uma grande manutenção nas instalações para receber a safra. Entre os trabalhos constam: limpeza geral e reparos em cercas; substituição de peças nas moegas e secadores; pintura das instalações (silos, escritório da administração, depósito e cercas); reparos nas instalações hidráulica e elétrica; substituição de partes da estrutura metálica do teto e laterais; impermeabilização nas partes inferiores dos dez silos; correções no piso para evitar infiltrações e melhorias no sistema de termometria.
Fonte:Surgiu

Soja semeada em outubro enfrenta altas temperaturas


Produtores do Paraná e Mato Grosso do Sul dependem da umidade para amenizar perdas. Soja semeada em outubro enfrenta altas temperaturas

Nem tudo está perdido assim como nem todas as lavouras que receberam chuvas nas últimas semanas estão salvas. Produtores de regiões atingidas pelas estiagens de novembro e dezembro ainda dependem de umidade em Mato Grosso do Sul e no Paraná, apurou a Expedição Safra Gazeta do Povo durante visitas a diversas propriedades na última semana. Essas áreas foram semeadas em outubro e só devem ser colhidas a partir de março.

Com 270 hectares de cultivo, Emerson Penachiotti ainda tem soja verde em Floresta, Centro-Oeste do Paraná. Do lado dessa lavoura existem áreas com milho de inverno semeado. Sua esperança é que o clima colabore e amenize os efeitos do La Niña na produção. Ele teme que a produtividade da oleaginosa caia de 58 sacas por hectare alcançados na safra passada para 33 sc/ha, como ocorre nas redondezas.

As plantações estão suportando temperaturas de até 35 graus, que esquentam o solo a mais de 50 graus. “No meu caso, a formação das plantas foi boa, mas não tem vagem. A soja deu árvore, mas jo­­gou fora as flores”, lamenta, temeroso diante de previsões que apontam apenas pancadas de chuva para a região.

No Sul de Mato Grosso do Sul, a região do estado mais atingida pela falta de umidade no início do plantio da soja, as plantas que ainda estão com os grãos em formação dão vantagem a José Sebastião Fernan­­des sobre seus vizinhos. Com 160 hectares, ele espera 55 sacas por hectare, enquanto produtores bem mais experientes prevêem dez sacas a menos.

Sukesada Takehara, agricultor japonês que atua há meio século em Naviraí (MS), vai começar a colheita na próxima semana, mas está certo de que boa parte da produção evaporou. Estima queda na produtividade de 58 para 45,5 sc/ha. Com a autoridade que sua ex­­pe­­riência lhe confere, afirma que, em seu caso, não existe mais chance de ampliar a produção de soja neste ano. Com a possibilidade de falta de chuva também nos próximos meses, decidiu inclusive reduzir a área de milho safrinha em 20%, para 800 hectares.

Dos males, o menor

A quebra da seca é desanimadora, mas será menor que as perdas provocadas pelas enxurradas que ocorreram na colheita de 2011, afirma Rodrigo Flis, de São Gabriel do Oeste, Norte de Mato Grosso do Sul. Ele planta 700 hectares de soja e prevê 50 sacas por hectare, com base nos índices atingidos em áreas já colhidas. Ano passado, colheu apenas 35 sc/ha. “No ano passado, teve área que nem foi colhida. Choveu duas semanas sem parar e os grãos que não germinaram estavam podres.”

“Num mesmo ano (2011), tivemos excesso e chuva na colheita e seca no plantio”, lamenta Evandro Biazus, também de São Gabriel. Com 2.150 hectares, prevê 55 sc/ha. “Se cobrir os custos já está bom”, afirma, depois de uma safra de perdas bem maiores. “Ano passado, colhemos só um terço da lavoura. O resto estava debaixo d’água”, lembra.

Gazeta do Povo

José Rocher, enviado especial

Semente tolerante à seca vai demorar a chegar


Apesar de a soja de crescimento indeterminado ter ganhado significativo espaço no Brasil e surpreendido os agricultores num ano de estiagem, especialistas lembram que a variedade não tem tolerância à seca. A semente capaz de suportar a falta de água ainda está em fase de pesquisa e só deve ser lançada comercialmente no país em ao menos seis anos.

“Essa pesquisa já tem cinco anos. Agora estamos na fase de testes teóricos. Se o conceito se confirmar, partimos para a fase de desenvolvimento do produto comercial. Isso demora por baixo seis ou sete anos”, estima o presidente da Cooperativa Central de Pesquisa Agrícola (Coodetec), uma das entidades que se dedicam ao desenvolvimento da variedade. Uma das maiores sementeiras do mundo, a Monsanto, também estuda no exterior variedades de soja com resistência a estiagem. Para o Brasil, no entanto, a empresa se dedica ao desenvolvimento de milho tolerante à seca, conforme a assessoria da empresa.

Fonte: Gazeta do Povo
Cassiano Ribeiro e José Rocher, enviado especial

Projeto de irrigação abandonado no RS


Passados quase dois anos, governo devolverá verba empenhada por agricultores para construção de açudes e cisternas

Depois de quase dois anos de espera, produtores foram surpreendidos com a notícia de que o governo do RS vai devolver a contrapartida paga por eles para a construção de obras de abastecimento e irrigação encaminhadas pelo Pró-Irrigação/RS na gestão Yeda Crusius. Com a transição de governo e a extinção da Secretaria Extraordinária da Irrigação e Usos Múltiplos da Água (Siuma), pelo menos 281 projetos de cisternas ficaram no limbo e o valor desembolsado pelos agricultores (20% do total), no caixa estadual.

Segundo a Secretaria de Obras Públicas, Irrigação e Desenvolvimento Urbano (SOP), apenas 140 das 421 propostas elaboradas entre 2009 e 2010 foram concluídas. A alegação é que faltou orçamento para garantir a contrapartida necessária para execução dos projetos, já que a verba prevista pela extinta Siuma foi transferida para a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR). Agora, a promessa é que o dinheiro seja devolvido aos agricultores corrigido, apesar do governo ainda não ter levantamento de valores e número de agricultores envolvidos. A orientação é para que eles entrem em contato com a Secretaria de Obras para reaver o recurso e reiniciar o processo na SDR.

O impasse burocrático entre as secretarias é alvo de revolta no campo, onde o principal questionamento é porque os projetos também não migraram com o recursos para a SDR, viabilizando sua continuidade e evitando danos como os que chegaram com a seca deste ano. Solução como a obtida pelo agricultor Nadir Rorig, de Aratiba, que, em 2010, teve apoio Pró-Irrigação para construir cisterna e, neste ano, a obra garantiu o abastecimento de suínos e do gado. Mesma sorte não tiveram os dez agricultores de Campina das Missões, que desembolsaram até R$ 2.010,00 cada para viabilizar projetos que nunca saíram do papel. Um deles é o suinocultor Luis Gvozd, que agora resume o sentimento diante das novas orientações: "É muita estrada para pouca confiança. Fomos iludidos." Ele está decidido a construir uma estrutura para armazenagem por conta própria. "Eu fiz a minha parte. E lamentável que aconteça isso numa época em que o governo fala em preservação. Eu ocupo água de poço para limpeza da granja porque não tenho alternativa."

Além de economizar 200 mil litros de água da rede pública, o suinocultor Julci Goerlach esperava poder utilizar a cisterna para matar a sede dos animais. "Não quero o dinheiro de volta. Com esta seca, o governo devia repensar e fazer a obra." Na avaliação do vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Campina das Missões, Nívio Siveris, as obras teriam amenizado a seca. "Tínhamos até o licenciamento ambiental! Só faltou a execução", lamenta. Em Nova Candelária, oito produtores ficaram de mãos abanando e em Boa Vista do Buricá, mais sete.

A Fetag mapeia a situação. Para o assessor de Política Agrícola Airton Hochscheid, o fato revela falta de continuidade de programas no RS. "A situação beira ao ridículo. Precisamos de política permanente de irrigação."

Fonte: Correio do Povo

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Emprego nos EUA e quebra de safra sustentam soja


Os preços da soja subiram na Bolsa de Chicago na sexta-feira, sustentados pela perspectiva de uma produção ainda menor no Brasil e na Argentina durante a safra 2011/12. O contrato março se valorizou 1,27% e fechou cotado em US$ 12,3250 por bushel. A criação de 243 mil empregos nos Estados Unidos em janeiro, bem acima dos 125 mil esperados, também incentivou compras de investidores em vários mercados, entre eles os de commodities agrícolas.
A consultoria Informa Economics reduziu sua estimativa para a oferta da oleaginosa no Brasil e na Argentina, na sexta-feira. A previsão para a safra brasileira caiu de 72 milhões para 70 milhões/t e a da produção argentina recuou de 51 milhões para 46,5 milhões/t. Essas revisões se devem à forte seca que atinge as áreas produtoras de ambos os países. Na próxima quinta-feira é a vez de a Companhia Nacional de Abastecimento revisar seu número sobre a safra brasileira e do Departamento de Agricultura dos EUA informar novas estimativas para a produção norte e sul-americanas.
Em Nova York, a cotação do cacau disparou 3,37% para US$ 2.300 por tonelada, reagindo ao número do mercado de trabalho norte-americano e à estimativa de analistas do mercado de que a safra 2011/12 terá um déficit de 100 mil toneladas. Além disso, a Organização Internacional do Cacau previu um aumento de 10% no consumo dos países asiáticos em 2012, em especial na China e na Indonésia. O café teve alta tímida, de 0,16%, para 215,95 centavos de dólar por libra-peso.
Fonte: Estadão

Preços em queda nos últimos dias


Mesmo com a colheita de soja ainda em ritmo lento no Brasil, já há avanços nas negociações do grão, por conta da maior oferta do produto, segundo indicam pesquisadores do Cepea. Entre 27 de janeiro e 3 de fevereiro, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (produto transferido para armazéns do porto de Paranaguá) caiu 0,46%, fechando a R$ 48,00/saca de 60 kg na sexta-feira, 3. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador finalizou a US$ 27,96/sc de 60 kg na sexta, alta de 1% em sete dias. 


Quanto à média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, finalizou em R$ 45,81/sc, com queda de 1,65% em sete dias. As exportações de soja em grão e também de derivados chamaram a atenção em janeiro. Ainda há baixa disponibilidade do produto da nova safra, mas a quantidade de soja em grão embarcada, pouco mais de 1 milhão de toneladas, foi recorde para o mês. Exportadores brasileiros seguem escoando os estoques da safra passada que, segundo a Conab, terminaram 2011 em 3,9 milhões de toneladas, equivalente a 5,2% da produção nacional da temporada 2010/11. 

Fonte: CEPEA

Evento - Expodireto Cotrijal 2012

O presidente da Cotrijal e da Expodireto Cotrijal, Nei César Mânica, fez a abertura do evento, na Sociedade Libanesa, em Porto Alegre, enfocando a satisfação da Cotrijal em realizar a 13ª edição. 



Fez referência às autoridades presentes e também falou sobre os preparativos para a exposição. “Estamos trabalhando para realizar uma grande exposição no mês de março. Temos a confirmação de delegações de 70 países, o que torna a Expodireto Cotrijal uma feira ainda mais internacional”, disse Mânica. 


Ele também destacou a importância da nova área do parque em que o Pavilhão Internacional (International Point) estará localizado, dos avanços tecnológicos e dos mais diversos lançamentos que acontecerão durante a feira. 

A Expodireto Cotrijal 2012 acontece de 5 a 9 de março, no Parque da Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque. 



Fonte: Paulo Paes (Rádio Cristal AM)

Chuva causa atraso na colheita da soja e no plantio do milho em MT

Agricultor aproveita os períodos sem chuva para o trabalho no campo. Produtor estima perda de 5% a 15% na produção de soja. Do Globo Rural - O atraso na colheita da soja e o plantio do milho safrinha preocupam os produtores do oeste de Mato Grosso, onde a chuva tem sido intensa e constante. O ritmo de trabalho é acelerado nos curtos intervalos de sol.
A máquina planta gora o milho segunda safra. A previsão do agricultor Vagner Herklotz é semear 1,2 mil hectares. O bom momento do grão animou o produtor, que deve plantar 17% a mais em relação à última safrinha. Mas as chuvas têm atrapalhado o cronograma na lavoura.
A estimativa do IMEA, Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária, aponta uma produtividade média de 4.449 quilos por hectare. Mas esse rendimento pode não ser alcançado se continuar o atraso no plantio da segunda safra. Por enquanto, o trabalho acontece nos momentos de estiagem. Quando o sol começa a aparecer as colheitadeiras entram em ação.
A colheita de soja de verão ainda não acabou na propriedade do agricultor Sérgio Stefanello. Apenas 40% dos 3,2 mil hectares que serão ocupados com o milho foram plantados. A soja já está dessecada, mas devido ao atraso na colheita o produtor estima uma perda de 5% a 15% na produção. “Esse processo feito com esse nível de umidade da soja traz grandes prejuízos para o agricultor porque ele tem de transportar água que será descontada na unidade beneficiadora”, diz.


Fonte:G1 - Globo

Produtores de soja calculam perdas causadas pela estiagem em MS


As máquinas no campo trabalham para colher parte da lavoura de 5,9 mil hectares de soja. Aos poucos, o gerente de produção da fazenda, que fica no município de Aral Moreira, em Mato Grosso do Sul, faz os cálculos e contabiliza perdas. Tarcísio Waldow explica que as áreas cultivadas com soja super precoce devem fechar com perdas superiores a 30%. Em 2011, foram colhidas 64 sacas por hectare na mesma área. Nesta safra, a previsão não passa de 48 sacas. As perdas ocorreram em consequência dos períodos de seca que atingiram as lavouras do sul do estado.

Os agricultores enfrentaram mais de 30 dias sem chuva na região sul. A água só veio na última semana de janeiro. A cada abertura de sol os produtores aproveitam para colher a soja. Em Aral Moreira, dos 91 mil hectares destinados para a cultura, 15% já foram colhidos. Quanto mais cedo o produtor começar o plantio do milho safrinha, maior a chance de ter uma boa produtividade.
Foi o que o agricultor Gelson Marques fez para tentar diminuir os prejuízos com a soja, que já chegam a 20%. “Já vai tirando um e colocando outro para ver se dá uma melhorada no caixa”, justifica.


Fonte:G1 - Globo

Colheita da soja avança para 10% da área de MT


        
A colheita de soja em Mato Grosso já foi realizada em 10,8 por cento da área recorde de quase 7 milhões de hectares, com incremento de 5 pontos percentuais na última semana, informou a Associação dos Produtores de Soja do Estado (Aprosoja) nesta sexta-feira, citando dados do Imea, o órgão de análises ligado aos produtores.
Os trabalhos em campo também estão mais avançados em relação ao ano passado, quando haviam sido colhidos 7,3 por cento da área cultivada com a oleaginosa no Estado, segundo nota da Aprosoja. "A chuva deu uma trégua e favoreceu o desenvolvimento da colheita no campo", apontou a Aprosoja.
Segundo o levantamento, a colheita está mais avançada nos municípios de Sapezal e Campo Novo do Parecis, oeste do Estado, com 18,1 por cento da área colhida.
Em Diamantino e Tangará da Serra, no centro-sul, os trabalhos estavam mais lentos, com cerca de 6 por cento da área colhida, uma vez que faltou chuva no início do plantio, afetando início do cultivo.
A colheita deve ser finalizada no início do mês de abril em todo o Estado, segundo a nota da associação.
Fonte:Reuters