sábado, janeiro 25, 2014

Clima e farelo derrubam preço da soja

soja
Os contratos de soja em grão para maio encerraram a sessão passada em forte queda de 2,6% (33,25 centavos), a US$ 12,64 por bushel. Também em Chicago, os contratos de farelo para o mesmo vencimento recuaram mais de 4%.
Conforme Stefan Tomkiw, analista do Jefferies Bache, em Nova York, rumores sobre a importação de soja e farelo do Brasil contribuíram para a baixa. O fim do programa de preços mínimos chineses – substituído por uma política de subsídio direto – foi um fator adicional de pressão. “O resultado é que a soja [em grão] devolveu metade da alta que conquistou nas duas últimas semanas”, disse.
As cotações da soja também sofrem com as especulações de que o Brasil terá em breve oferta da oleaginosa para exportação, o que significa que a China poderá cancelar parte das compras que efetivou junto aos americanos para adquirir volumes mais baratos da América do Sul. “Ainda não temos informações oficiais, mas o mercado está na expectativa para que isso aconteça”, afirmou Tomkiw.
De todo modo, a demanda pela oleaginosa dos EUA já apresenta certo arrefecimento. Ontem, o Departamento de Agricultura americano (USDA) divulgou que o país embarcou 1,54 milhão de toneladas de soja na semana entre 10 e 16 de janeiro, 4,7% a menos que na semana anterior, mas dentro das expectativas dos analistas.
No front climático, os mapas meteorológicos indicam temperaturas mais amenas e chuvas nas principais regiões produtoras da Argentina. Essas precipitações tendem a aliviar o estresse nas lavouras, após um período de estiagem.
No curto prazo, disse Tomkiw, a tendência é de preços ainda firmes para a soja, até que haja evidências mais concretas de que a demanda chinesa será empurrada para o médio e longo prazos, com ofertas mais baratas do Brasil.
Fonte:  Suinocultura industrial

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